sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Há quem acredite, entre os fanáticos por criminosos célebres, que tenha existido o barbeiro Sweeney Todd, supostamente responsável por cerca de 160 assassinatos na Londres do século 18.
Divulgação
O ator Johnny Depp e a atriz Helena Bonham Carter em cena do novo longa de Tim Burton (Veja a galeria de imagens)
O ator Johnny Depp e a atriz Helena Bonham Carter em cena do novo longa de Tim Burton (Veja a galeria de imagens)

Sua primeira aparição incontestável, no entanto, foi como personagem de um conto de Thomas Peckett Prest, publicado em 1846 e adaptado em seguida para o teatro. A versão teatral mais prestigiosa, escrita por Christopher Bond em 1973, deu origem seis anos depois a um espetáculo musical de Stephen Sondheim (letrista de "Amor, Sublime Amor") e Hugh Wheeler.
Em "Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet", o diretor Tim Burton ("A Fantástica Fábrica de Chocolate") lida habilidosamente com esse século e meio de lenda que faz o personagem rivalizar com Jack, o Estripador, em sangue e mistério.
Como o musical da Broadway se tornou referência principal para a adaptação da história, Todd (Johnny Deep, em sua sexta parceria com Burton) é tratado como um assassino com causa nobre: a vingança contra um juiz (Alan Rickman) que destruiu a sua vida ao afastá-lo da mulher e da filha.
Muitos anos depois de abandonar Londres, ele retorna à cidade e vai morar no prédio onde funciona a imunda doceria de uma velha conhecida, a Sra. Lovett (Helena Bonham Carter, mulher de Burton, em seu quinto filme com o diretor). Ali, instala sua barbearia, adota o nome que o celebrizará e cultiva a idéia de devolver o sofrimento.
Indicado ao Oscar de melhor ator (Depp), figurino e direção de arte, "Sweeney Todd" exige do espectador não só predileção pelos arroubos góticos de Burton, mas também pelas regras próprias do gênero musical, a que o cineasta, já experiente no uso de estruturas semelhantes, adiciona humor negro, violência gráfica e alguma ternura

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